sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Animais na pista provocam 388 acidentes em dois anos

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio Grande do Norte registrou, nos últimos dois anos, 388 acidentes automobilísticos envolvendo animais soltos nas sete rodovias federais que cruzam o Estado. As colisões deixaram um saldo de 172 feridos e 10 mortes. A PRF ainda não contabilizou os dados desse ano, mas confirma que 126 animais já foram apreendidos. De acordo com os policiais, falta fiscalização e leis mais rígidas para controlar o problema.

De acordo com o inspetor da PRF, Everaldo Morais, a BR-304 é uma das rodovias onde há mais registros de acidentes desse tipo.

É durante a noite que a maioria das colisões ocorrem. Segundo Morais, a pouca visibilidade dos motoristas aliada à alta velocidade dos veículos acaba resultando em acidentes. O policial explicou que a PRF faz o trabalho de apreensão dos animais, mas a lei é branda com os proprietários dos mesmos. "Além disso, enfrentamos uma grande dificuldade em achar os proprietários. Quando identificamos, o máximo que ocorre é a lavratura de um TCO [Termo Circunstanciado de Ocorrência] que obriga o proprietário comparecer, durante dois anos, em juízo", disse.

De acordo com o Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941, quem "deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso", pode ser condenado à prisão de dez dias a dois meses ou pagamento de multa.
Roberto Lucena | Tribuna do Norte

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