O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silvafez, na noite desta quinta-feira (31), sua primeira
participação em um programa de TV desde o anúncio do desaparecimento do câncer
na laringe. No 'Programa do Ratinho', do SBT, ele deu uma entrevista ao lado do
candidato do PT à Prefeitura de São Paulo,Fernando
Haddad.
Durante
o tempo em que esteve no programa, Lula fez elogios ao governo e à presidente,
Dilma Rousseff. "A presidente Dilma Rousseff vai estar muito forte
no final do seu mandato. Ela não só irá querer, como tentará a reeleição",
disse. "Eu serei cabo-eleitoral para reelegê-la. A única hipótese de
eu voltar é ela não querer. Só serei candidato se ela não quiser. Eu não vou
permitir que um tucano volte à Presidência", afirmou.
Ao
falar sobre seu tratamento, Lula disse que ainda tem dificuldade para falar e
para engolir. "Hoje estou com minha garganta estourada", disse, por
causa de um discurso no dia anterior, num evento em Brasília. "A garganta
fica inflamada. Quando eu tomo água dói, quando eu mastigo saliva dói, quando
eu como carne dói, quando eu como pão dói", disse. "Eu brinquei com o
Ratinho que eu comprei esse terno quando estava no hospital, preparando
para usar no caixão", afirmou.
Lula
falou de seu irmão mais velho, que teve câncer na garganta. "Na semana
passada ele foi considerado curado definitivamente, depois de 5 anos",
disse Lula. "O tratamento não é brincadeira. É duro. Mas tem que ter
dedicação e disciplina para cumprir as regras dos médicos", afirmou. Ele
disse que tem acordado às 6 horas da manhã diariamente e faz fisioterapia.
"Já tomei dois tombos", disse.
Perto do fim da
participação do ex-presidente, o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, disse
que não queria falar sobre a polêmica envolvendo um encontro entre Lula e o
ministro do STF Gilmar Mendes, no qual teria sido tratado o assunto da data de
julgamento do mensalão. "Não tenho interesse em falar nisso, enviei uma
nota", disse Lula. "Quem inventou a história que prove".
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