Esta é uma de 170 recomendações que
os membros do Conselho de Direitos Humanos aprovaram hoje como parte do
relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal
(EPU) do Brasil, uma avaliação à qual se submetem todos os países.
A recomendação em favor da supressão
da PM foi obra da Dinamarca, que pede a abolição do "sistema separado de
Polícia Militar, aplicando medidas mais eficazes (...) para reduzir a
incidência de execuções extrajudiciais".
A Coreia do Sul falou diretamente de
"esquadrões da morte" e Austrália sugeriu a Brasília que outros
governos estaduais "considerem aplicar programas similares aos da Unidade
de Polícia Pacificadora (UPP) criada no Rio de Janeiro".
Já a Espanha solicitou a
"revisão dos programas de formação em direitos humanos para as forças de
segurança, insistindo no uso da força de acordo com os critérios de necessidade
e de proporcionalidade, e pondo fim às execuções extrajudiciais".
O relatório destaca a importância de
que o Brasil garanta que todos os crimes cometidos por agentes da ordem sejam
investigados de maneira independente e que se combata a impunidade dos crimes
cometidos contra juízes e ativistas de direitos humanos.
O Paraguai recomendou ao país
"seguir trabalhando no fortalecimento do processo de busca da
verdade" e a Argentina quer novos "esforços para garantir o direito à
verdade às vítimas de graves violações dos direitos humanos e a suas
famílias".
A França, por sua parte, quer
garantias para que "a Comissão da Verdade criada em novembro de 2011 seja
provida dos recursos necessários para reconhecer o direito das vítimas à
justiça".
Muitas das delegações que
participaram do exame ao Brasil concordaram também nas recomendações em favor
de uma melhoria das condições penitenciárias, sobretudo no caso das mulheres,
que são vítimas de novos abusos quando estão presas.
Neste sentido, recomendaram
"reformar o sistema penitenciário para reduzir o nível de superlotação e
melhorar as condições de vida das pessoas privadas de liberdade".
Olhando mais adiante, o Canadá pediu
garantias para que a reestruturação urbana visando à Copa do Mundo de 2014 e
aos Jogos Olímpicos de 2016 "seja devidamente regulada para prevenir
deslocamentos e despejos".
EFE
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