terça-feira, 15 de novembro de 2011

Espanhóis querem montar parques industriais no RN


O Rio Grande do Norte receberá R$ 50 milhões em investimentos para estruturar um complexo de parques industriais na região Metropolitana de Natal, com recursos do grupo espanhol Dealer Company. A corporação, que há seis meses discute junto com o governo do Estado a viabilidade do projeto de condomínios, firmou no início da tarde de ontem protocolo de intenções com o Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Embora  Extremoz seja o município mais cotado para albergar o complexo, o secretário-adjunto de desenvolvimento econômico do Estado José Américo Maia revela que a localização ainda não está definida e São Gonçalo do Amarante também concorre a possível sede do empreendimento. Ainda não há previsão para o início da construção. No próximo dia 10, o grupo terá nova reunião com representantes da Sedec.
Grupo detalhou os planos e assinou protocolo de intenções, ontem, com a governadora Rosalba Ciarlini
O complexo de parques em sistema de condomínios fechados será construído em uma área de aproximadamente 400 hectares, que será comprada pelos investidores espanhóis. Segundo Américo Maia, há a possibilidade de parte do terreno ser doado por empresário local, que pretende se instalar no complexo.

A perspectiva é que as estruturas comportem até 75 empresas no parque industrial, até 100 empresas no parque tecnológico e até 300 empresas no parque empresarial.  "A proposta é de instalar indústrias dos segmentos de cerâmica, têxtil, transportes, transportes termodais e principalmente de tecnologia de informação, disse o diretor administrativo do grupo no Brasil, Amando Serrano. A ideia do grupo, que já atua no Brasil há cinco anos, acrescenta ele, "é atrair empresas da Europa e também brasileiras para se instalarem nos parques".

Um complexo de parques industriais - semelhante ao projeto que será implantado no RN - existe nos arredores do Porto de Valença, na Espanha, sob responsabilidade do grupo. A escolha pelo Rio Grande do Norte se deve a expectativa de crescimento econômico a partir do funcionamento do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante e dos projetos de ampliação do Porto de Natal, além de políticas de incentivos por parte do governo do estado. "Um estudo de viabilidade do projeto ainda não foi concluído, mas demonstrou que o Rio Grande do Norte, devido a proximidade e potencial de crescimento, é mais viável do que outros estados, como Pernambuco", afirma Amando Serrano.

Para a governadora Rosalba Ciarlini, o investimento representa o novo momento da economia potiguar e o potencial estratégico do estado. "O Rio Grande do Norte possui grandes riquezas naturais e vantagens competitivas. A vinda da Dealer representa o poder desses diferenciais e incentivará a força de trabalho do nosso povo garantindo emprego e renda. É um projeto moderno e ousado que esperamos rapidamente se transformar em realidade", destacou a governadora. Na fase de obras é estimada a geração de cerca de 500 empregos diretos.

Governo oferecerá incentivos
No protocolo de intenções ficou definido que o Governo do Estado, observada a legislação, garantirá o acesso das indústrias instaladas nos parques aos programas de benefícios fiscais e econômicos locais. O governo entrará com incentivos previsto no Proadi, programa estadual para atração de empresas que prevê  o financiamento de até 75% do ICMS. 

Para a diretora da Fapern, professora Bernardete Cordeiro, o condomínio abre as portas para instalação de parques tecnológicos. O vice-presidente do sistema Fecomércio Luiz Lacerda disse que o interesse dos investidores estrangeiros aponta para a geração de emprego e renda e soma a gama de projetos que devem circundar e fortalecer as operações do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante e das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs).

 Américo Maia ressalta ainda que os parques industriais irão somar às Zonas de Processamento de Exportação de Macaíba. "Os condomínios representam uma visão moderna na atração de empresas, pois garantem custos menores ao serem suportados/divididos por um número maior de investidores", explica.
Com informações da Tribuna do Norte

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