JARDIM DE PIRANHAS

A CIDADE
Jardim de Piranhas fica localizada próximo a divisa do Estado da Paraíba com o Rio Grande do Norte, possui uma área territorial de 331km2 e distante 315 quilômetros da capital Natal.
Hoje, a população da cidade é de 14.342 habitantes, segundo dados do IBGE de 2010. Desses, cerca de 10.434 eleitores estão aptos a votar (dados de Julho/2010).
A base da sua economia é a indústria têxtil, onde são fabricados cobertores, redes de dormir, panos de prato, toalhas de banho, mantas, conjuntos de cama e cozinha, além de outros produtos.
A cidade é conhecida também pelas suas festas tradicionais como a Festa da Padroeira e o Carnaval considerado um dos maiores do interior do Estado, atraindo multidões de foliões para o Clube Atlético Piranhas, balneário localizado às margens do rio Piranhas, que além do carnaval realizada ainda anualmente a tradicional Festa dos Anos 60.
A frente do Poder Executivo está o prefeito Antônio Soares de Araújo que administra seu segundo mandato, tendo como vice Galbê Maia. O Poder Legislativo é composto por 9 vereadores, sendo presidente da Câmara Municipal o sr. Luís Soares de Araújo.
Hoje, na terra do ilustre jurista Amaro Cavalcante, existem 29 escolas, destas, 3 são estaduais e 2 são particulares, distribuídas entre a zona rural e a zona urbana.
O atendimento a saúde no município conta com 1 hospital e mais 6 postos de saúde. Possui hoje 5 equipes de PSF, 31 agentes comunitários de saúde, 13 agentes de endemias e dengue, 4 ambulâncias, 1 unidade móvel e 1 sprinter para atendimento a população.
Na área de telefonia e internet a cidade conta com os serviços das operadoras TIM, CLARO e OI, além de 3 provedores de acesso a internet via rádio.
A Cosern e a Caern fazem os abastecimentos da cidade de energia e água respectivamente.
A cidade ainda não conta com agências bancárias, apenas terminais de auto-atendimento do Banco do Brasil e Bradesco.
Para a realização de eventos sociais Jardim de Piranhas conta com 3 clubes (CAP, Real Clube e Emidão Clube), além de uma discoteca (Boate Clip). Para hospedagem os jardinenses e visitantes contam com 3 pousadas.
Nos fins de semana quem visita a cidade pode aproveitar a culinária local disponível nos vários bares, restaurantes e churrascarias espalhados pela cidade, além dos quiosques do calçadão. Nesses locais pode provar de diversos tira-gostos e pratos variados. Além disso, existem parques aquáticos, balneários e áreas de lazer às margens do rio, servindo peixes e outros petiscos.
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HISTÓRIA | LENDA SOBRE A FUNDAÇÃO DA CIDADE
O surgimento da cidade e sua história estão intimamente ligados a de toda região do Seridó, cuja colonização ocorreu no século XVIII, com a doação de um terreno por D. Margarida Cardoso, proprietária de grande extensão de terras da localidade, para a construção de uma capela erguida sob a invocação de Nossa Senhora dos Aflitos, em 1710.

Mulher sem medo, caridosa, sem egoísmo, defensora dos pobres, sem ambição e, sobretudo, devota da Virgem Maria, antes de morrer, não tendo para quem deixar a herança, doou todo o seu patrimônio à padroeira, iniciando-se o povoamento, que é hoje o tão querido Município de Jardim de Piranhas.

Conta-se que, na época do ciclo do gado, três vaqueiros conduzindo uma boiada chegaram às margens do rio Piranhas e o encontraram com grande volume de água. Perceberam que não havia possibilidade de fazer a travessia das reses. Um dos vaqueiros queria acampar e esperar que as águas baixassem, mas seus dois colegas não concordaram, pois queriam de qualquer maneira entregar o gado naquele dia. Nesse momento, formou-se uma discussão entre os três tangerinos, mas não chegaram a um acordo.
Mesmo diante do alerta da existência de cardumes de piranhas naquele rio, prevaleceu a opinião de outros dois vaqueiros e a travessia foi iniciada.

Quando chegaram ao meio do rio, aconteceu o que foi previsto. Pegos por um remanso, tanto o gado como os vaqueiros foram ao fundo do rio. O vaqueiro que havia alertado, vendo o que estava acontecendo e que poderiam morrer, fez uma prece a Nossa Senhora: se fossem salvos, construiria uma capela em homenagem a ela. Dito e feito. Foram salvos tantos os vaqueiros como o gado, sem perder-se um só deles.

Contando sua promessa para os companheiros, deixou que o gado andasse e no lugar em que parasse seria lá onde construiria a capela. O gado parou nas terras pertencentes a Margarida Cardoso, e esta, sabendo da promessa, facilitou ao máximo a sua realização. E, pegando um homem da sua confiança, preparou um burro com um baú para transportar a santa, que seria adquirida na região dos cariris.
Quanto a santa chegou, Margarida Cardoso encantou-se com sua beleza, oferecendo-lhe suas jóias  um colar e um par de brincos. Devido a situação, a santa recebeu o título de Nossa Senhora dos Aflitos.

Isso se passou por volta de 1710, conforme registro encontrado em um tijolo da antiga capela.

Em torno dessa capela surgiram as primeiras casas, que evoluíram para um povoado chamado Ribeira das Piranhas e, posteriormente, para uma pequena cidade chamada Jardim da Piçarra, em virtude da qualidade do terreno. Depois, chamou-se Jardim das Flores, nome dado por um frei que achava que, por “piçarra” ser nome de terra ruim, geraria gente ruim.

Por último passou-se a chamar a cidade de Jardim de Piranhas, em razão de um peixe encontrado nas águas do rio.

Ao morrer, a fazendeira Margarida Cardoso, por falta de herdeiros, doou as terras à Nossa Senhora dos Aflitos, terras por onde a cidade cresce até hoje.

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
A princípio, o povoado foi transformado em Distrito de Paz pela Lei n.º 435, de 09 de abril de 1859, passando a incorporar-se ao Município de Caicó em 1936 até 1948, quando foi desmembrada pela Lei n.º 146, de 23 de dezembro do mesmo ano, tornando-se município do Rio Grande do Norte. Sua instalação ocorreu no dia 1º de janeiro de 1949, em sessão solene, tomando posse o primeiro Prefeito, o senhor Inácio Elpídio de Medeiros, nomeado pelo então Governador do Estado, José Varela.
Aspecto da 'rua velha' em 1957. Ao fundo, o antigo sobrado.
DATAS COMEMORATIVAS
As datas comemorativas do município são: dia 23 de dezembro (dia da Emancipação Política do Município), feriado municipal pela Lei Municipal n.º 320, de 31 de agosto de 1981; dia 15 de setembro (dia consagrado a Nossa Senhora dos Aflitos, padroeira do município), Lei n.º 319, de 31 de agosto de 1981; e dia 25 de abril (data da morte de Plínio Dantas “Marinheiro” Saldanha), Lei n.º 152, de 14 de maio de 1969.

VULTOS HISTÓRICOS
Jardim de Piranhas, como outros municípios, tem o privilégio de destacar seus vultos históricos: Margarida Cardoso, a mais ilustre mulher jardinense; Dr. Amaro Cavalcanti, grande destaque na política nacional; Pe. João Maria, sinônimo de fé e orgulho para sua terra; e Plínio Dantas Saldanha, o saudoso “Marinheiro Saldanha”, com a patente de “Coronel”, destacou-se em diversos setores do município, entretanto, foi na política que mais se sobressaiu, promovendo o desenvolvimento do município frente ao executivo municipal.

AS PRIMEIRAS LETRAS
Desde os primórdios tempos a educação já era uma preocupação dos dirigentes do município, muito antes das primeiras escolas, em 1856 já haviam sido criadas pequenas unidades de ensino, onde os homens aprendiam as primeiras letras. Somente em 1875 foi a vez das mulheres terem direito à instrução primária. Entre os primeiros mestres responsáveis pela educação do município destaca-se Amaro Soares de Brito (pai do Pe. João Maria e do jurista Amaro Cavalcante).

Em 1922 foi criada a escola rudimentar mista, mais tarde denominada “Escolas Reunidas de Jardim de Piranhas”, hoje Escola Estadual Pe. João Maria, considerada a mais antiga do município. São inúmeros os filhos jardinenses que por lá passaram e que hoje dão sua contribuição para o crescimento de Jardim de Piranhas, do Rio Grande do Norte e do Brasil.
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PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS DE JARDIM DE PIRANHAS
Jardim de Piranhas, com seus 13 mil habitantes, é uma cidade do interior pequena em tamanho, porém grande em riqueza histórica. Aqui há várias construções antigas, algumas do século 19, época em que os mestres-de-obra eram verdadeiros artistas.

A PONTE SOB O RIO PIRANHAS
Antigamente usavam-se balsas e canoas para transportar automóveis, pessoas ou mercadorias de uma margem do rio à outra. As primeiras balsas e canoas foram construídas por Sebastião Faustino Pereira (Basto Canzenza), que através do seu pioneirismo, permitiu interligar a cidade com a zona rural e o vizinho estado da Paraíba.
Balsa utilizada para a travessia do rio
Esse problema foi solucionado com a construção da ponte sob o rio Piranhas inaugurada em 28 de março de 1954. Sua construção foi iniciada na administração do engenheiro Ávila Lins no ano de 1951. Na solenidade de inauguração estavam presentes o prefeito Oswaldo Lobo, o Bispo D. Adelino Dantas e o engenheiro Francisco Gaag. O chefe do 5º Distrito do DNOCS na época era o engenheiro Gentil Ferreira de Souza. A ponte tem 300 metros de extensão por 5,90metros de largura e ficou denominada 'Ponte Amaro Cavalcanti'.
Operários trabalhando no acabamento do piso da ponte
O engenheiro Francisco Gaag, responsável pela obra, era um alemão cujo nome antes de naturalizar-se brasileiro era Franz Gaag. Ele chegou no Brasil em 1922. Gaag veio para nosso país com o objetivo de trabalhar no Centenário da Independência, convidado pelo engenheiro Heiton da Silva Costa. Em 1924 participou da construção do Cristo Redentor no Rio de Janeiro que terminava em 1937. Em 1948 trabalhou construção da ponte do Vale do Assú-RN e depois foi o encarregado pela construção da nossa ponte. O ano era 1952. Dois anos depois, após a conclusão das obras da ponte nesta cidade, foi morar em Caicó-RN.

A PREFEITURA MUNICIPAL
A Prefeitura Municipal de Jardim de Piranhas, inicialmente, teve como sede uma pequena casa situada na Rua Amaro Cavalcanti, transferindo-se depois para uma outra na rua Cel. Camboim.
Palácio Amaro Cavalcanti, sede da prefeitura, na época da sua inauguração
Há, também, indícios de que ela tenha funcionado no antigo escritório de “Marinheiro” Saldanha, localizado na rua Padre João Maria, antes de se transferir para o prédio pertencente a José Inácio Camboim. Coube a Oswaldo Logo a tarefa de construir uma sede definitiva para a Prefeitura. Assim que assumiu o cargo, em 1953, logo tratou de demolir um cemitério que havia na Av. Gov. Dix-Sept Rosado, pois era desejo ali construir a sede do Poder Executivo local. De fato: aos 17 de novembro de 1956 era inaugurada uma das mais modernas construções da região, e que permanece quase intacta até hoje. A Lei n.º deu-lhe a denominação de “Palácio Amaro Cavalcanti”.

ESCOLA PADRE JOÃO MARIA
A história da Escola "Padre João Maria" confunde-se com a própria história da educação deste município, haja vista ser a mais antiga de Jardim de Piranhas.
Em 27 de fevereiro de 1935, o então Secretário-Geral do Estado, Antônio José de MeIlo e Souza, no exercício do Interventor Federal no Estado (cujo titular na época era Mário Leopoldo Pereira da Câmara), assinou o Decreto nO 798, criando a escola que, inicialmente, chamou-se ''Escolas Reunidas de Jardim de Piranhas". Anos depois é que recebeu o nome de um dos filhos mais ilustres do município e de todo o Estado: o padre João Maria.
Antiga turma da Escola Padre João Maria
A escola foi inaugurada, provavelmente, no dia 17 de março de 1935, pelo Diretor do Departamento Estadual de Educação, Anfilóquio Câmara Naquele mesmo ano, a primeira professora Ilza Medeiros, e a primeira diretora, Astrogilda Elias Meira, deram início à tarefa de educar a população jardinense. Sucederam Astrogilda na direção da escola, por ordem cronológica crescente, Germana Altina da Silva, Valdira Medeiros, Maria de Lourdes Silva, Cristina Hermínia Dantas, Maria Luiza dos Santos, Guiomar de Medeiros Freitas, Antonina Araújo, Marlene Avelino da Nóbrega, Dorila Medeiros, Otília Borges da Silva, Francisco Borges de Araújo, e a atual, Maria Zelinda de Araújo Silva. Estas pessoas, juntando-se às dezenas de professores e funcionários, deram enorme colaboração ao crescimento da escola e da educação de Jardim de Piranhas.
Nestes 72 anos de vida, são inúmeros os filhos jardinenses que por lá passaram e que hoje dão sua contribuição para o crescimento de Jardim de Piranhas, do Rio Grande do Norte e do Brasil.


CENTRO SOCIAL PADRE JOÃO MARIA
No dia 02 de julho de 1977, era colocada a pedra fundamental marcando a construção do Centro Social Pe. João Maria. O ato foi presidido pelo Pe. José Mário de Medeiros, pároco da época.
Nesse período, já contávamos com a presença das Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria, as Servas do Bom Pastor de Quebec, conhecidas também como as freiras dos Estados Unidos. Eram residentes aqui, as Irmãs Pricile e Dione, dos Estados Unidos, e Irmã Ângela, do Canadá.

A construção do Centro Social, como não poderia ser diferente, partiu do empenho e da disponibilidade de várias pessoas de nossa Paróquia. O mestre de obras foi o Sr. Luís Dutra, tendo como pedreiros e serventes vários profissionais da época, como o Sr. José de Aristides, o Sr. Joel (pai de Chico Cheirinho), Doca (esposo de Tirina) e tantos outros que poderíamos citar.

O terreno para construção do Centro foi cedido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jardim de Piranhas/RN. O empenho e a capacidade de partilhar, características fortes do nosso povo, fizeram com que, no mesmo ano, o Centro fosse inaugurado. Apenas para ilustrar o tamanho da generosidade das pessoas de nossa comunidade, queremos registrar um fato ímpar que ocorreu na época. Quando o Centro Social foi ser coberto, a Irmã Priscile convocou aproximadamente 50 mulheres para ir buscar as treze mil telhas, vindas da zona rural, em um caminhão. Elas carregaram e descarregaram esse caminhão, nos informa os registros da Paróquia.

Finalmente, no dia 10 de novembro de 1977, às 19 horas, foi inaugurado solenemente o Centro Social Pe. João Maria. Estavam presentes várias autoridades, dentre elas, o prefeito da época, o professor José Henrique de Araújo, o Deputado Willy Saldanha, o Secretário de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social Dr. Otomar Lopes, o General José
Araken, o Pe. Edmundo Kagerer, representando o Bispo Diocesano, e tantas outras autoridades do Estado e do município.
Aspecto do Centro Social na década de 1980
Na época, a Sra. Maria Araújo foi a pessoa responsável pela ornamentação do local para a sua inauguração, apontam os registros paroquiais. Inúmeras pessoas fizeram história e contribuíram para com o funcionamento do Centro: os padres que por aqui passaram, as Irmãs do Bom Pastor, Dona Eunice Gonçalves, Dona Carminha, Rita de Cambeta, Dona Lia, Dona Branquinha, Deca de Temístocles, Joélia, Dona Tirina, Maria Edita e outros. Vários cursos e diversas atividades de cunho sócio-cultural foram desenvolvidas aqui ao longo desses anos.
No dia 13 de Maio deste ano, a comunidade jardinense reuniu-se novamente para a sua reinauguração. Foi realizada uma reforma geral, que contou com a ampliação de algumas dependências, pintura, além de um novo forro. Nesse novo espaço serão resgatadas algumas atividades sociais e pastorais que fizeram dele um histórico e precioso bem da nossa comunidade.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DOS AFLITOS
Construída provavelmente em 1710, pode-se afirmar que é a construção mais antiga de Jardim. Já passou por várias reformas e algumas ampliações, até chegar às dimensões atuais. Considera-se que a igreja foi construída em 1710 porque, em uma de suas reformas, encontrou-se um tijolo que trazia essa data impressa. Ele encontra-se hoje, provavelmente, no museu de Carnaúba dos Dantas.
 Aspecto da igreja de Nossa Senhora dos Aflitos, nas primeiras décadas do século XX
Antiga procissão de Nossa Senhora dos Aflitos

SOBRADO ANTIGO
Situado na rua Amaro Cavalcanti, é uma das preciosidades históricas de Jardim. O sobrado viu a cidade nascer e se desenvolver. Foi construído em 1826 pelo coronel João Florêncio da Fonseca Cavalcante. No passado já foi hotel e até mercearia.
Antigo sobrado da 'Rua Velha'. Atualmente o prédio está sendo restaurado


VILA GEOCY
Construída em 1925, já foi uma maternidade e, depois, doada pelo próprio Geocy à Igreja onde serviu de residência do pároco local até o mês de agosto de 2006.
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CULTURA | BANDA DE MUSICA JOSÉ RAIMUNDO CAVALCANTI
Um sonho que os jardinenses tiveram o prazer de realizá-lo.
Tudo começou quando o então prefeito municipal, Dr. Nivaldo Borges da Silva, teve a maravilhosa idéia de introduzir na cidade de Jardim de Piranhas um trabalho de Educação Musical a partir da rede pública de ensino.
Numa cidade que era caracterizada regionalmente pela violência e pela criminalidade, surge o Maestro Antônio Medeiros (Totó), que foi o escolhido para implantar na memória dessas crianças o zelo pela arte musical, tornando-os além de músicos, cidadãos conscientes.
Primeira formação da Banda de Música José Raimundo Cavalcanti, em 1992
No dia 20 de dezembro de 1992, com missa solene na Matriz de Nossa Senhora dos Aflitos, celebrada pelo Pe. José Delfino de Araújo, o sonho de muitos jardinenses é concretizado: é inaugurada a tão esperada Banda de Música, na gestão do Prefeito Dr. Nivaldo Borges da Silva, com o nome de Banda de Música Municipal José Raimundo Cavalcanti, em homenagem a um músico jardinense. A banda era composta por 20 componentes: Alcione (tarol), Alex (sax-alto), Deilson (barítono), Emanoel (piston), Evanilson (clarinete), Francisca das Chagas - Chaguinha (trompa), Franciélia (trombone), Franciélio (tuba), Franco (piston), João Paulo (trombone), Jorge (bombardino), Maria dos Aflitos - Duzá (clarinete), Maria José - Zezé (Sax-tenor), Maria José - Novinha (pratos), Patrícia (clarinete), Patrício (bombo), Susana (sax-soprano), Vanúbia (trompa), Verônica (requinta), Valério (caixa), e como regente o Maestro Totó Medeiros.

Posteriormente foram incorporados à banda os primeiros arquivistas Delma Ribeiro e Oderley Santiago. A primeira farda era composta de camiseta vermelha, calça jeans, tênis e boné brancos.

A banda de música passava agora, a abrilhantar os eventos da cidade e a empolgar os jovens jardinenses a valorizarem cada vez mais a música.

Devido ao abundante desejo do Maestro Totó e de toda comunidade, foi instituída a Escola de Música Municipal, pela então Prefeita Josidete Maria de Araújo Maia, de acordo com a Lei 423/94, de 30 de agosto de 1994, que criava a Escola de Música Municipal vinculada a Secretaria Municipal de Educação e Cultura e oficializava a Banda de Música Municipal José Raimundo Cavalcanti.

Desde então o maestro Totó difundiu o seu projeto de educação através da música a um maior número de crianças e adolescentes. Tendo a oportunidade de criar um grupo de flautas, que é denominado “Grupo de Flautas 23 de Dezembro”, (Data do aniversário de emancipação política do município). O objetivo é educar as crianças, preparando-as para a Banda de Música e consequentemente para a vida.

A partir de 1994, a Banda de Música participa do ENIBAM (Encontro Intermunicipal de Bandas), sendo o II Eniban realizado em nossa cidade no dia 17.09.1995, por ocasião da festa da Padroeira. No troféu de lembrança do evento consta a seguinte mensagem: “A música é a linguagem da alma e para duas pessoas de diferentes nações ou raças se unirem não existe melhor meio que a música”. O III ENIBAM, realizado em setembro de 2002, com entrega de placas comemorativas aos participantes, a mensagem escolhida foi: Música - Alegria das ruas, ontem, hoje e sempre”.

No ano de 1998, dois eventos marcaram a participação dos músicos jardinenses: o centenário do Maestro Felinto Lúcio Dantas de 16 à 23 de março, em Carnaúba dos Dantas-RN, organizado pela Fundação José Augusto, e as comemorações do Cinquentenário do Município de Jardim de Piranhas, em 23 de dezembro.
Foto de 1998 com o maestro Totó e o músico José Raimundo Cavalcanti a direita
Desde 1992, um encontro de emoção, alegria e confraternização é realizado pela família Cavalcanti, em sua residência na Rua Amaro Cavalcanti. No Sábado final da festa da Padroeira, é servido o tradicional almoço, dia em que a Banda de Música, homenageia seu patrono, Maestro José Raimundo Cavalcanti (in Memorian), desfilando pela cidade, sendo recebida com muita alegria pelos seus familiares, irradiando em todos a felicidade do reencontro. No Domingo, é prestada uma homenagem a Padroeira Nossa Senhora dos Aflitos, no momento da procissão, onde por alguns instantes, o andor da Santa pára, e todos os presentes têm o privilégio de ficar diante da imagem da Padroeira.

A procissão vai passando, e o hino é cantado por todos em um só tom, ficando como sempre emocionados, tocados pela beleza de Nossa Senhora dos Aflitos, que, ornamentada em seu andor, sai jogando bênçãos para todos os lados. Tocados pela Santa e feliz em estar ali, dá aquele aperto no coração, lágrimas são derramadas, mãos acenam e cumprimentos são feitos, é a hora mais difícil da festa, é a despedida.

A Banda de Música proporciona todas essas emoções, pois a festa da Padroeira sem os dobrados, marchinhas e acordes, não é uma festa completa.

Os jardinenses são unânimes em avaliar positivamente os grandes serviços prestados à comunidade por essa banda de música. Não há quem não se emocione quando a ouve em alvoradas, procissões e outras ocasiões festivas. Interrompe-se qualquer atividade para “ver a banda passar”, tocando profundo as mentes e os corações da gente dessa terra e visitantes.

Jardim de Piranhas tem a satisfação de poder contar com esses jovens músicos, que por meio das notas musicais, seguem transmitindo felicidade, amor e ternura para todos nós.

Viva seus 15 anos de história, formando músicos, construindo vidas, revelando artistas e alegrando a cidade!
Homenagem póstuma a Dr. Nivaldo Borges da Silva, José Raimundo Cavalcanti e Maria José Queiróz (Novinha).

Desde a sua fundação até os dias atuais, a Banda de Música já foi regida pelos seguintes maestros: Antônio Medeiros (Totó), José Jorge Assis de Morais, Emmanoel Rodrigo Borges, Alcione da Silva Araújo e Toni (atual).
A música na terra é, por excelência, a arte divina.
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ECONOMIA | O SURGIMENTO DA INDÚSTRIA TÊXTIL
Os primeiros teares foram instalados na cidade no ano de 1945. pertenciam ao sr. Pedro Plácido de Almeida. Posteriormente, foram instalados na cidade os terares de Antônio Alexandre da Silva (Neguinho) e de Trajano Araújo. Estes são, na verdade, os pioneiros da atividade têxtil em Jardim.

Antigo tear de madeira
A Asitex (Associação das Indústrias Têxteis de Jardim de Piranhas) foi fundada em 14 de janeiro de 2004, inicialmente contando com um grupo de 24 produtores.
A associação nasceu por estímulo do SEBRAE, que sempre deu apoio a essa idéia, e esforço dos próprios associados, que perceberam a importância de somarem forças em busca de melhorias para as suas indústrias e, conseqüentemente, para o progresso de Jardim de Piranhas.
A sua primeira diretoria era assim formada: presidente: Renato Ferreira de Medeiros; vice: Gentil Alves de Araújo; 1º e 2º tesoureiros: Benildo Gentil de Araújo e Ivonete Severiana da Silva; 1º e 2º secretários: Marcondes Válber Dutra de Oliveira e Maria Nilde da Costa; conselho fiscal titular: Joilson Borges da Silva, Luís Soares de Araújo e Luís Antônio Dutra de Oliveira; conselho fiscal suplente: Maria do Socorro dos Santos, José Maurício Dantas e José Ribamar Dutra.
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SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE JARDIM DE PIRANHAS
Em 1º de setembro de 1963, foi fundado em nosso município, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jardim de Piranhas, que teve como presidente fundador o sr. Benedito Guedes, e reconhecido pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social no dia 11 de janeiro de 1973, logo em seguida foi eleita a primeira diretoria, cujo presidente foi o sr. Luiz Dutra de Almeida, tendo sido sucedido pelo sr. José Ferreira Dutra. Em 1976 foi eleita uma nova diretoria, cujo presidente era o sr. Videncial Francisco dos Santos, que renunciou ao cargo, tendo sido substituído pelo sr. Luiz Elói de Souza, popularmente conhecido como Jupinha, que desde então vem desenvolvendo um trabalho em conjunto com sua diretoria em prol dos interesses dos trabalhadores(as) rurais e associados(as) e suas dignas famílias.
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LAZER | OS CLUBES DA CIDADE
BOATE CLIP
Em funcionamento a mais de 20 anos

EMIDÃO CLUBE
Fundado em Janeiro de 1999

CLUBE ATLÉTICO PIRANHAS
Fundado em 23 de abril de 1983

REAL SOCIEDADE INDEPENDENTE
Fundado em 08 de maio de 1982


FOTOS