Familiares
da paciente Carla Simone dos Santos estão acusando o médico caicoense Valdemar
Araújo de ter se negado a prestar socorro a gestante, dentro do Hospital do
Seridó em Caicó. O fato teria ocorrido no dia 27 de outubro deste ano, quando
por volta das 3 horas da madrugada Carla entrou em trabalho de parto, sendo
submetida a exame de toque pela parteira, e constatado que a mesma se
encontrava com apenas 1 cm de dilatação.
De acordo com a família, após 8 horas no
hospital, a paciente foi submetida a outro exame de toque, também realizada
pela parteira, no qual ficou constatado que a mesma ainda se encontrava com o
mesmo centímetro de dilatação. Por volta das 13 horas a paciente começou a
passar mal, chegando a desmaiar e ficando desacordada. A família garante que
neste momento, o médico Dr. Valdemar Araújo teria se recusado a prestar socorro
à mesma.
“Às
14 horas e 30 minutos o quadro da paciente se agravou. Os familiares e esposo
da paciente começaram a implorar que Dr. Valdemar prestasse socorro a Carla
Simone. Nesse instante, o esposo da paciente perguntou se o médico iria deixar
a filha e a mulher morrerem e o mesmo respondeu com a seguinte afirmação: “Ela
pode morrer, até eu vou morrer um dia”, disse Carlita Barbosa, irmã
da gestante.
Valdemar só teria levado a paciente para a
sala de parto por volta das 15 horas, e que apesar do clamor dos familiares, o
médico se recusou a realizar o parto cesáreo. “Valdemar ordena ao policial de plantão para retirar todos os
familiares da paciente do interior do hospital e manda uma enfermeira dizer que
estava tudo bem, que Carla Simone já se encontrava com 8 centímetros de
dilatação e que naquele exato momento a criança já estaria nascendo”,
continuou Carlita.
De acordo com Carlita, outros profissionais
que examinaram a paciente posteriormente em Currais Novos, afirmam que não
acreditam que a mesma estivesse, no momento do parto, com a dilatação
necessária, pois Carla Simone apresentava traços de quem teria sido vítima de
um parto forçado. Alguns desses profissionais chegaram a demonstrar repúdio e
até se emocionar com a violência sofrida pela mãe e a criança.
Após 3 horas de ser levada para sala de
parto, às 18 horas, a criança finalmente nasceu. No momento em que a criança
estava nascendo percebeu-se que a mesma se encontrava asfixiada já que o cordão
umbilical havia laçado seu pescoço, levando-a a ter uma momentânea parada
respiratória após o parto.
“Assim,
o nascimento ainda não representava o fim da angústia daquela mãe e sua filha,
pois ambas foram levadas para Currais Novos. A criança estava em estado
bastante grave, em decorrência do parto forçado, pois a mesma sofreu
machucados, formando coágulos na sua cabeça. Infelizmente, a criança não
conseguiu resistir e morreu”, completou Carlita Barbosa, que
garante que nem sua irmã e muito menos sua sobrinha teriam recebidos a visita
do médico Valdemar, durante as horas em que permaneceram, pós-parto no Hospital
do Seridó.
Fonte: Marcos Dantas
Fonte: Marcos Dantas
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