segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Há 78 anos, os cavalos Mossoró e Caicó faziam história no 1º GP Brasil de Turfe

O dono dos animais tinha uma relação estreita com as duas cidades potiguares para batizar os cavalos, com nomes que deram sorte, levaram o presidente Getúlio ao delírio e entraram definitivamente para a história do turfe brasileiro.

Cavalo Mossoró: O primeiro vencedor do GP Brasil de Turfe


Pois é. O dia era seis de agosto, o ano era  1933 e a cidade Rio de Janeiro. A notável corrida realizada pelo Jockey Club Brasileiro assinalou a página mais importante da história do turf e elevou bem alto o valor da criação nacional. Foi no Hipódromo Brasileiro, atual hipódromo da Gávea.

O hipódromo acolheu um público que nunca vivera um espetáculo social-esportivo na cidade. A ansiedade ainda maior justificava-se pelo encontro da parelha pernambucana Mossoró e Caicó,cavalos nacionais que disputariam  com animais internacionais de alto preço. Pobres Caicó e Mossoró. Estariam fadados a comer  poeira dos puro-sangue ingleses? Não. A história tinha traçado, naquele dia,  um destino de glória para os dois animais batizados com nomes de duas das mais belas cidades do RN.


A festa era importante. Nada mais nada menos que, o Presidente Getúlio Vargas estava presente no hipódromo para ver o show de Caicó e Mossoró. Depois de uma corrida emocionante, o bravo e forte cavalo Mossoró cruzou a linha  de chegada em primeiro lugar, para delírio de Getúlio e do público ali presente. O feito não era pouco. Havíamos acabado de vencer o primeiro GP  Brasil de Turfe.

Por um pescoço de diferença, o tordilho  Mossoró venceu o argentino Belfort, com o campeão uruguaio Bambu em 3º a dois corpos e em 4º  chegou o cavalo Caicó, também tordilho.

Presidente Getúlio Vargas  vibrando com a vitória
 do Cavalo Mossoró e o 4º lugar de  Caicó
Dizem as crônicas e reportagens que o público invadiu a pista e em delírio tentou levantar do chão o campeão Mossoró e o quarto lugar Caicó com jóquei e tudo.

Esse nome dá sorte: Em 1933, Caicó foi o quarto colocado
 na maior competição de turfe do Brasil

Apesar dos nomes, Mossoró e Caicó  pertenciam ao Coronel Frederico J. Lundgren, fundador das Casas Pernambucanas. " De qualquer maneira o dono dos animais tinha uma relação estreita com as duas cidades potiguares para batizar os cavalos, com nomes que deram  sorte, levaram o presidente Getúlio ao delpirio e definitivamente  entraram  para a história do turfe brasileiro

Resultado Oficial do GP Brasil de Turfe de 1933

1º: Mossoró
2º: Belfort
3º: Bambú
4º: Caicó
5º: Sueño Largo
6º: Bosphore
7º: Soneto
8º: Conjurado
9º: Caton
10º: Myrtheé
11º: Double Steel
12º: Origan
13º: Kelani
14º: Panache Royal
15º: Carmel
16º: San Salvador
17º: Fariseo
18º: Niño
19º: Ultraje
20º: Bel Ideal
21º: Arranha Céo
22º: Padishah

Há 78 anos, direto do V&C Artigos e Notícias.

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