O SOFRIMENTO DO BISPO DOM DELGADO NO CALOR INFERNAL DE CAICÓ
01) Antes da reforma litúrgica acontecida após o Concílio Vaticano II, as vestes episcopais eram suntuosas e calorentas para as missas pontificais. Em Caicó, era bispo Dom Delgado. Numa missa solene por ocasião da tradicional Festa das Almas, em pleno calor seridoense, numa cerimônia pontifical das 10 horas, o bispo Delgado era o presidente, acolitado por Monsenhor Walfredo, Cônego Estanislau, Monsenhor Paulo Herôncio e Padre Ambrósio. A catedral de Santana estava repleta. O coral estava a cargo de Monsenhor Amâncio Ramalho, que era chegado a uma polifonia. Na hora do Kyrie, rebuscado e quase interminável, Dom Delgado suado, sedento e cansado, volta-se para o seu vigário geral e diz: "Walfredo, se não existir céu, nós estamos lascados!".
AS ROLAS E O BISPO DOM TAVARES
02) Dom Tavares foi o terceiro bispo de Caicó. Tinha fama de impaciente e às vezes bruto. Estava celebrando na Igreja de São José de Caicó. Capela repleta, inclusive alunos do colégio diocesano e do seminário. Fazia a primeira leitura o seminarista Manuel Cirilo. Lia a passagem que dizia que as rolinhas têm seus ninhos etc. Ao pronunciar a palavra rolinha, o escrupuloso seminarista engasgou. Repetia parte da palavra. Dom Tavares impaciente gritou do altar: "Homem, solte logo essa rola!"
V&C Notícias (Fonte: Valério Mesquita e relatos do padre João Medeiros Filho)
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